segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Anti-amor

Hoje eu inauguro uma nova fase na minha vida, e ao mesmo tempo retomo uma fase antiga, mas bem pensada e bem útil. Me possuo da descrença do amor.
Na crônica do viver, eu pensei. Tive experiências... ruins e depois boas, tristes e depois felizes. Ao mesmo tempo revivi, renasci e recriei um Guilherme oculto, inativo, porém mais correto.
Penso agora que cada coisa tem um instante em que ela é. Depois termina.
Just stop.
Não acredito mais em amor, agora acredito em respeito. Só. Posso até mudar de ideia, mas por enquanto é assim. O mundo mudou... ficou mais individual, se importando menos com o conjunto e mais com o próprio umbigo.
Dizem que nada melhor que a distância para sentirmos o quanto amamos uma pessoa. Eu desacredito, grande mentira. A distância para mim desanima, desfaz, às vezes até traz ódio, rancor, raiva. Tudo depende dos fatos e dos acontecidos.
O começo é a metade do todo. Como eu queria que as coisas viessem e ficassem, não viessem e fossem, justo quando me acostumo. Eu busco e gosto, busco e gosto da continuidade, do que sei que sempre posso ter ao meu alcance. Coisa que, ao menos por hora, não cabe ao amor. Assim, aprendi, apenas analisando, que as pessoas mais queridas – mesmo quem eu venha a nomear de paixão – podem me ferir. E talvez essas pessoas não me amem o quanto eu gostaria. Não que eu queira dizer que não me amem muito, talvez seja o máximo que elas consigam.
Só que isso para mim não basta. Quero a essência, quero a verdade, a sinceridade, o tempo e o todo. Nada pela metade, nem promessas que um dia se perdem.
Prefiro que não me façam promessas, e me façam sentir algo inexplicável. Do que me fazer promessas e no final não cumprir coisa nenhuma. Típico do ser humano.
O namoro deveria voltar a ser aquela coisa séria e real, sem mentiras, nem traição. Deveria ser aquela coisa munida de amor e paixão, que sempre cresce, que tende ao para sempre. Apenas tende, porque para sempre não existe, é mito.
Por isso tudo, é que gosto de ter o domínio da realidade, escrevendo com amor pelas frases, fazendo o meu mundo tremer em minhas mãos. Tenho necessidade de palavras, mas tudo que sei não posso dizer, pois sentimentos são muito burgueses e então muitos cairiam sobre mim com pedras e paus, me chamando de anti-amor.
Estou escrevendo apenas por profundamente querer falar, querer desabafar a todos o meu pensar e o meu sentir. Hoje digo com convicção: Tenho receio de relações amorosas. Simplesmente, porque detesto o uivo humano quando a dor da separação surge, e eu a senti recentemente, porém foi da pior forma possível. Aquele impacto que deixa alguém desnorteado, por instantes ou anos. Agora tenho medo de me entregar, pois me entregando eu não sei o que vai acontecer. E isso me assusta, me apavora, me transforma em outro alguém. Por isso me fechei, me recolhi apenas ao meu mundo, não quero mais saber do mundo alheio.
Agora se você me perguntar como odiar eu respondo facilmente, por mais que me chamem de frio. O ódio vem fácil, de certa forma como o amor. É o pólo oposto, ou o irmão gêmeo maligno. Meu ódio vem do poder de vítima, uma sensação estranha que eu sequer gosto. Que culpa tenho eu que as pessoas são tão deploráveis que só me resta sentir isso delas? Tudo bem, eu perdôo, mas não esqueço. Meus sentimentos para com ex-relacionamentos vêm de ilusões. Ilusões sim, pois até hoje só me falaram mentiras, e a pior delas é jurar amor eterno. Detesto essas palavras. A única coisa que eu fiz e sempre faço é ser sincero, e ser bom o bastante para quem amo, ao menos tento.
E sabe que, por mais que eu não goste de sentir isso, eu acho bom. Assim eu consigo apagar, ao menos em parte, essas pessoas da minha vida.
Eu transbordo em indecisões.
Quero o agora como eu o inventar. E eu quero uma decisão. Algo fixo.

Ando precisando ser frio. Frio e não-frio ao mesmo tempo. Apenas evito sentir demais pelos outros. Assim não sofro.

Esse papo furado de: se estiver perdendo o seu amor, lutar para que isso não aconteça, chegar e conversar, pedindo para voltar, dizer o quanto ama, melhorar onde errou... é pura besteira. Não se humilhe, nem pelo amor. Porque se ele existisse, não te faria sofrer, te faria bem, em todos os momentos... e não te transformaria de tempos em tempos em um ser gelado e sem paciência para outras pessoas.


I wanna get a little high on life, get a little something right, something real, at least I try.

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