terça-feira, 19 de julho de 2011

Desabafando complicações

Muitas vezes anseio demais, quero demais, sinto demais, falo demais, penso demais. Demais, demais, demais.

Não me acho uma pessoa de ser facilmente compreendida, estou bem longe disso. Mas uma coisa é fato, para saber como estou me sentindo basta olhar para mim, eu sou água de tão transparente... E acho que isso é um defeito.

Às vezes só quero um pouco mais de atenção, um pouco mais de coisas piegas, um pouco mais de força de vontade alheia, um pouco mais de insistência e persistência das pessoas para comigo.

Sou difícil, às vezes quero, às vezes não quero. Mas em nenhum momento obrigo alguma pessoa a me aceitar, a querer estar do meu lado, a me apoiar, a "me gostar", a me entender, a me querer, a me estimar, e etecéteras.

Um bilhete, uma ligação, uma atenção... isso me faz tão bem, é um conjunto que eu amo.
Mas percebo que quanto mais difícil é você gostar de alguém, mas fácil é você se decepcionar e afins. Ou quanto mais gosta do irmão, do amigo, ou do amor, mais se decepciona com coisas pequenas.


Sou estranho, sou confuso, sou meio perdido e até mesmo assustado. Mas nunca deixo de ser eu.
De mim você pode saber o que quiser, basta saber conquistar a resposta.
Um amigo, um irmão, um companheiro e até mesmo um pai.

No fim, lá no fundo eu só busco uma forma de poder sorrir sempre, e assim me manter... sorrindo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sobre o perdão

Pois bem, faz muito tempo que quero falar sobre isso.

Perdão... é uma palavra de difícil entendimento, e muito mais difícil ação.
Para mim, o perdão não é sentimento, não vem do coração... Ele é racional, mas entra profundamente no coração de qualquer um.

Eu sangrei, chorei, desfaleci dentro de mim mesmo, mas eis que em um determinado momento eu aprendi: o perdão deve ser feito pensando em nós mesmos, não em quem nos fez algo. Simplesmente pelo fato de que, ao perdoar, você livra a si mesmo da ira, do ressentimento e da raiva.
Sempre achei que não conseguiria perdoar o elemento X, porque achava que meu sentimento não permitiria, ou que o elemento não merecia. Mas eu estava errado, e foi pensando diferente que eu encontrei o que realmente é perdoar.

Perdoar alguém significa se libertar disso ou daquilo ou daquele. Você dá um passo adiante, você se liberta da pessoa, você segue em frente. Só nós mesmos conseguimos nos libertar das pessoas, você não tem como libertar alguém de você, mesmo que queira.
E racionalemente você perdoa, e se acostuma com isso, e depois esquece lentamente da dor. Mas esquece.

Aí você passa a viver mais para si, viver mais para a felicidade, pois se desvincula daquela coisa que só te atrasa, que só atrapalha.

Com o perdão racional você muda a direção do seu emocional, o foco sai do "não perdoar" e se volta para "sou eu agora, mais forte". E é assim que tem que ser.

Em suma, o perdão vem da razão (e eles até rimam!), e se volta depois para a emoção. Porque os sentimentos nos confundem às vezes, e a gente acabando confundindo o que é melhor para nós, com o nosso orgulho.

Mas ainda assim, o verdadeiro perdão se demonstra nos atos e não nas palavras.