sexta-feira, 22 de abril de 2011

Somewhere: Era uma vez

Era uma vez um garoto... Nasceu, cresceu e virou adulto.
E entre quatro paredes, no meio de sua solidão, ele descobriu alguém...

Ele escreveu uma carta e dedicou-a com toda vontade, agradecendo por tudo enquanto desejava tudo de melhor nessa e em quantas outras vidas esse alguém obtiver. Falou que admirava muito sua forma de pensar e agir para com todos e com o mundo, mas disse que era grato principalmente por essa pessoa existir e por sempre o auxiliar em todos – salientando o “todos” – os momentos. Pois bem, por fim, essa dedicatória inevitável foi a ele mesmo.

Esse garoto, que agora é um homem, simplesmente parou e pensou. E percebeu que entre quatro paredes, em meio a profunda solidão, ele é capaz de pensar, refletir e recriar a própria vida. É quando retoma o seu eu interior. E, nesse momento, unido ao seu desejo-eu, é que ele cresce e desenvolve algo novo, uma boa novidade vital sobre a filosofia do pensar: o viver.



De certa forma, palavras podem ser apenas palavras, mas não quando são escritas tendo por base verdadeira paixão. E é nisso que me baseio quando escrevo.

E é através das minhas multifacetas que eu encaro meus sonhos e passo a persegui-los com todas as minhas fontes, pois minha vida é, agora, um sonho que eu tive há um tempo, e os sonhos que agora tenho são os complementos do meu futuro.

Tudo muda, há uma grande interação, algo cai, algo se cria. A vida muda, as pessoas mudam. Isso realmente vale por ser feito? Vale. Mas só vale quando toda e qualquer alteração venha por existir para nos fazer evoluir – não “involuir” – e ultrapassar os obstáculos que nos são propostos. É questão de adaptação. É uma mudança de direção.

Eu... Eu sou muito forte comigo mesmo. Até me sinto imune à grande maioria das coisas que enfrento. Não sou facilmente corrosivo.
Eu consigo sentir o fluxo dos meus pensamentos dentro de mim, e com o toque profundo dos meus segredos, eu sou capaz de ultrapassar seja o que for. Pois meu combustível são meus sonhos agarrados à minha alma. Incrivelmente inexato.

E assim torno a confrontar o que tiver que ser.

Contudo, sou visto como louco no meio dessa imensa sociedade, tudo por querer chamar a atenção sendo eu e sendo o outro, aquele outro que surge quando menos espero e que vem da chama do inconsciente junto da força do consciente, aquele que chamo de sonho.

Só que o importante é que eu sou eu, imutável perante os outros e inconstante perante eu mesmo, seja quando for.
Tenho um gosto inadequado. Eu cultivo um extremo gosto por tentar fazer mais do que acho que posso, e outro gosto por tentar não ser só mais um, e, além disso, um estranho gosto por cultuar momentos solitários de reflexão. Só que com meus momentos eu acabo tomando ordem da minha vida e recarregando a força das minhas vontades. É quando me torno mais eu.

Vejo muita gente perdida em seu próprio mundo e até me assusto com isso. Espanto-me, pois parece que as pessoas querem fugir da sua própria existência. Muito estranho.
O que mais me deixa perplexo é o modo de omissão de alguns perante si mesmos, pois não há motivo para isso, apenas medo, medo de ser, de existir.
A força de cada um cresce, surge e vem de cada um, quando se está constantemente associado ao seu eu interior. O apoio alheio apenas soma, faz com que sua própria força aumente para qualquer instante.

E pensando nos possíveis rumos que eu poderia tomar, sem pressa, me rendi ao que eu sempre desejei. Foi então que comecei, instantaneamente, a conquistar tudo. Claro que sempre apressando a minha paciência e explorando a minha consciência.
Nunca me arrependi de arriscar, de ter concluído o meu pensar em um fato consumado.


...


Eu só quero dizer que eu tenho sonhos... Eu tenho sonhos e corro atrás de cada um munido de todas as minhas forças. Tudo que temos na vida, cada mínimo detalhe, tem sua importância, pois nada está ali por acaso.
Acho que se cada um fosse mais unificado consigo mesmo, tomando força de seus amigos e de sua família, ninguém o derrubaria. E é como eu sigo meus dias.
Ao mesmo tempo, eu sinto e sei que tudo que eu almejo, eu tenho. E a cada momento que eu vivo, eu valorizo e me dedico mais às coisas a minha volta.
Eu amo viver, amo como minha vida é, com erros e acertos, dificuldades e facilidades, pois assim eu sempre cresço, sempre evoluo. Mas muito além disso, eu amo, sobre tudo, a minha família, bem como amo a Deus. E sem esquecer dos meus amigos – os verdadeiros, claro –, pois distantes ou próximos, eu sei que alguma parte deles está comigo... Amigos são uma família que a gente desenvolve no decorrer da vida, são pedacinhos da gente espalhados por aí.

Eu sei que eu tenho tudo que preciso para ser, e ter, tudo que eu quero. E eu não mudaria nada sobre isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário