sexta-feira, 1 de abril de 2011

Às vezes...

Às vezes a gente só quer viver.
Viver e esquecer tudo que já nos aconteceu... Queremos ir embora e fugir, deixar todos sozinhos e embarcar na nossa própria missão. Mas aí percebemos depois de um tempo que não era bem assim.

Às vezes só queremos sorrir até doer.
Só que nem sempre a vontade de sorrir vem... Muitos são os momentos em que forçamos um sorriso apenas para espantar algo que nos entristece, e até dá certo. Mas tudo é tão sublime que nem sempre a felicidade fica agarrada conosco.

Às vezes simplesmente quer-se resgatar o tempo.
Mas o tempo não volta para trás. Pode-se tentar inúmeras coisas, mas esse tempo pode ser tão seu amigo como seu inimigo. Esperar pode ser bom, como pode ser péssimo. O que a gente pode fazer é ter certeza do que se quer e ir atrás, pedir perdão e fazer algo acontecer.

Às vezes queremos fingir.
Fingir... que nada aconteceu, que nada está acontecendo... Ou que o que a gente mais quer é difícil de conseguir, mas mesmo assim no nosso coração a gente sabe que é o que mais quer. Fingir nunca adiantou de nada.

Às vezes queremos chorar.
Talvez chorar por alguém, por nós mesmos, por amor, por ódio. Pode ser que seja um desabafo, ou uma dor inacabável. Calma, um dia melhora... Cedo ou tarde.

Às vezes só quer-se ficar só.
Solidão ajuda e acalma, mas não é a solução para tudo. É a solução para o nosso eu interior, mas não para as vontades do interior. Ficar só é bom, maravilhoso. Só que por muito tempo vira agonia... O homem depende do seu semelhante para se sentir bem, é inegável.

Às vezes esperamos o tempo passar.
Isso pode ser uma grande surpresa, porque a palavra dita, a pedra atirada e a ocasião perdida não voltam mais. A gente pode até ter uma segunda chance, mas em todo o sempre o tempo acaba mais interferindo do que ajudando. O tempo nos rouba momentos, chances e oportunidades antes que possamos aproveitá-los. Muitas vezes a hora certa é agora, não amanhã.

Às vezes sentimos vontade de nos divertir.
Espairecer, desequilibrar a mente um pouco. Rir de tudo e todos, sem motivos específicos. Atrair e chamar a alegria para mais perto. Dar as mãos com amigos e invocar a felicidade.

Às vezes desabamos. Às vezes ressurgimos depois da dor.
Como tudo na vida nem sempre são flores, muitas ocasiões você se sente caindo bem devagar, com uma lentidão que dói. Só que mais cedo ou mais tarde algo te mostra que aquilo não era necessariamente suficiente para sofrer, e que depois da dor você percebe que é mais forte e mais capaz.

Às vezes queremos apagar os sentimentos.
Sentir nem sempre é tão bom. Paixões momentâneas, desamores... desilusões. Tem vez que tenta-se amar alguém, quando na verdade ama-se outra pessoa. Sentimentos são burgueses e não são manipuláveis.

Às vezes nossa mente embaralha.
Uma confusão pode reinar na nossa cabeça, mas nada melhor que a razão para desmistificar. E o coração para cavar um meio e mostrar qual momento nos dá mais amor, mas felicidade. Mente e coração juntos nos trazem soluções... e cada vez mais práticas quando se presta realmente atenção.

Às vezes só queremos ouvir uma música e pensar.
O melhor e maior momento. Distrai, foca e alimenta a alma. Perguntas, respostas, sensações, emoções, razões... Você pode mostrar isso a si mesmo.

Às vezes buscamos algo novo.
Nem sempre o novo, nem sempre arriscar é aquilo que o nosso interior mais quer ou mais precisa. Muitas vezes basta resolver o problema do que fugir dele e arriscar momentos e pessoas novas.

Às vezes esperamos horas por uma solução.
Solução não vem com o tempo, vem com atitudes. Abra seu coração, ajude-se a entender o seu mundo. Sua solução é você mesmo somado às suas atitudes. Veja sua face no espelho e responda: Quem é e o que quer?

Às vezes não entendemos nossas vontades.
A vontade certa é sempre aquela movida pelo coração, jamais pela mente. A mente codifica e racionaliza. O coração sente, emana e vibra quando é o que queremos. Enganar o coração é impossível, mas enganar a mente é bem fácil.

Às vezes erramos. Às vezes acertamos. Às vezes temos medo.
Somos seres humanos. Coisas banais podem virar uma catástrofe. Tem dias que achamos que estamos fazendo o certo, mas estamos errando muito mais. Assim como evitamos algo por ter medo das consequências e perdemos alguém ou alguma oportunidade. Quem é você, não precisa tentar muito para saber. Pegue sua verdade e mova-se. Seu erro, tem perdão. Seu acerto, tem empolgação. Seu medo, tem justificativa, mas não é motivo para nada.

Às vezes compreendemos, às vezes desesperamos, às vezes ficamos ansiosos, às vezes erramos em fazer devagar, às vezes nos arrependemos de não ter feito mais rápido. 
Às vezes acreditamos, às vezes desacreditamos, às vezes odiamos, às vezes nos decepcionamos, às vezes perdoamos. 
Só que às vezes a gente age por impulso ou não age por impulso e depois não se perdoa mais.

Eu li essa frase hoje: "Às vezes é preciso bater com a cabeça na porta um milhão de vezes, para se dar conta de que não é a porta que está no lugar errado, mas você.”

Só que a verdade na vida é uma...
Às vezes o que você mais quer é ter alguém pra chamar de amor... e só.

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